A gente lemos: Marvel + Aventura #10
Este texto foi originalmente publicado no site Melhores do Mundo (http://melhoresdomundo.net/a-gente-lemos-marvel-aventura-10/) em 12 de junho de 2013. -
Sim, no re-reboot do MdM eu ressurjo comentando gibi da Marvel. Que fase, amigo, que fase!
Talvez a sua questã, antes mesmo
de ler uma linha que seja deste post, seja: “Porra,
porque o Poderoso Porco gasta dinheiro com esse gibizinho mequetrefe da
Panini?” Por dois principais motivos: o primeiro deles, porque
é um gibi do Homem de Ferro com roteiro do Matt
Fraction, e todo mundo elogia o Ferroso feito por ele, daí eu
queria ver de qualé que é; segundo, porque, pombas, esse gibi custa R$1,99 por 28 páginas. Ou seja: é o tamanho ideal, pelo preço ideal para uma cagada cotidiana. Inclusive, mais barato do que a
ficha pra fazer isso na rodoviária, por exemplo. Se bem que estou divagando.
Pois continuemos.
Enfim, Marvel + Aventura #10 traz “duas” histórias com o Ferroso – a primeira delas, como disse, com roteiro do Matt Fraction e arte do Salvador Larroca, ocupando a maior parte da revista. E a segunda, de apenas uma página, traz a origem do personagem (praticamente o resumo da HQ do Fraction), com roteiro de Fred Van Lente e arte também do Larroca.
Enfim, Marvel + Aventura #10 traz “duas” histórias com o Ferroso – a primeira delas, como disse, com roteiro do Matt Fraction e arte do Salvador Larroca, ocupando a maior parte da revista. E a segunda, de apenas uma página, traz a origem do personagem (praticamente o resumo da HQ do Fraction), com roteiro de Fred Van Lente e arte também do Larroca.
Em “Como era antes, o que aconteceu e como é agora”, Fraction
coloca Tony “Pinga” Stark indo a um encontro do AA e
melancolicamente recontando sua vida – naturalmente, tomando o álcool (anh, anh? Sacaram?) como
ponto central. Ok, Fraction tem boas sacadas, uma pegada bacana em humanizar o personagem – Tony falseia os
fatos, omite informações para que a platéia da reunião não o reconheça, ao
mesmo tempo em que as imagens chamam a cumplicidade do leitor, que reconhece
fatos da historiografia do herói sendo recontados. Mas me incomoda a
humanização em excesso: talvez fruto da parceira Universo
Ultimate e Downey Jr., o Stark de Fraction me parece maduro demais, melancólico demais – muito
cinza. Ok, ele subverte isso no fim da história, mas a biografia que ele faz de
si é tão sóbria (aham…)
e tristonha que o final te deixa com cara de bundão.
Agora, vou te contar que me surpreendeu mesmo, MESMO nessa
HQ foi a arte do Ney Latorraca,
digo, Salvador Larroca.
Acostumado com as merdas que ele fazia nos X-men, me surpreendi com a arte que,
também em função das cores de Frank D’Armata,
me lembrou Scott Kollins.
No fim, “Como era antes, o que
aconteceu e como é agora” é uma história legal, e publicada
nesse formato baratíssimo, serve bem para fisgar
leitores recém saídos do cinema. Melhor ainda, acaba por
inserir o alcoolismo, um traço importante da personalidade do Tony dos
quadrinhos, para esses leitores, uma vez que ele não tem um graaaaaande destaque nos filmes (não, eu
ainda não vi HdF3. Me julguem). Mas… talvez esses mesmos leitores esporádicos,
vindos do cinema, sejam os que mais estranhem o Stark quase coroinha da HQ.
Nota: 7.
Ah, um P.S.: só eu achei muito estranho o Tony dizer que é um alcoólico? Sei que tem caído em desuso o termo alcoólatra, mas eu vejo as pessoas usando alcoolista em seu lugar. Alcoólico é a primeira vez que vejo…
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